sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Paulo Henrique Amorim: os cinco crimes capitais da Globo


                                          Foto de Geórgia Pinheiro



                                                        
No inesquecível encontro de blogueiros sujos em Fortaleza, o presidente do Instituto Barão de Itararé da Mídia Alternativa, Miro Borges, arrancou da plateia um minuto da vaia retumbante, quando bradou: William Bonner e a Fatima Bernardes não podem mais massacrar um candidato e pedir perdão a outro. E tome vaia.

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada
A caminho da saída, um blogueiro sujo perguntou a este ansioso blogueiro que cadeira sugerir para um Curso de Jornalismo para Blogueiros Sujos em Pernambuco. Este ansioso blogueiro sugeriu um curso de nome “Os cinco crimes capitais da Globo”. E reproduziu o breve relato que tinha acabado de fazer a mil e tantas pessoas da plateia.

Primeiro crime capital.
A Globo começou como uma infratora. Ela não era a Globo quando nasceu, nas uma extensão do grupo americano Time-Life. O presidente Costa e Silva mandou o Roberto Marinho expulsar os americanos do Brasil. Delfim Netto, o ministro da Fazenda, chamou o Dr Roberto para conversar.
Dr Roberto disse que não tinha dinheiro para continuar. E, ou vendia a Globo, inteira, ao Time-Life, ou comprava a parte do Time-Life se o governo enchesse a programação da Globo de anúncios do governo, comprados pela tabela “cheia” de publicidade.
Tabela sem desconto. E ninguém no mundo vende publicidade na tevê pela tabela “cheia”. E Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa, a Eletrobrás – o governo militar encheu o Roberto Marinho de tabela cheia e ele comprou a parte dos americanos. Foi assim que a Globo se tornou “brasileira”.


Segundo crime capital.
Em 1982, a Globo coonestou numa patranha montada pelo governo Figueiredo para derrotar Leonel Brizola e dar a vitória a Wellington Moreira Franco, na campanha para governador do Rio. Foi a primeira eleição a usar computador no Brasil e o SNI operou uma empresa de “tecnologia” chamada Proconsult, que introduziu um “coeficiente Delta” no programa de apuração.
O “coeficiente Delta” tirava votos do Brizola e jogava na coluna dos “brancos” e “nulos”. O papel da Globo foi dar destaque às primeiras apurações da Proconsult, e anunciar na tevê, no rádio e no jornal que Wellington saía na frente e ia ganhar a eleição.
O papel da Globo era criar o fato consumado. Melar a apuração e levar para a Justiça Eleitoral. A Globo foi a precursora da Fox, que “elegeu” George Bush, antes de concluída a apuração, a vitória na eleição fraudada na Florida. Depois, a Suprema Corte confirmou a notícia da Fox.
A partir dessa tentativa de Golpe da Globo, Brizola passou a lutar pelo “papelzinho” da urna eletrônica. “Papelzinho” que já é lei, mas que a dra. Cureau, sempre imparcial, quer rasgar. Sobre esse tema, o ansioso blogueiro escreveu, com Maria Helena Passos o livro “Plim-Plim – a peleja do Brizola contra a fraude eleitoral”.


Terceiro crime capital.
No dia 25 de janeiro de 1984, no primeiro comício das diretas, o jornal nacional entrou ao vivo da Praça da Sé, em São Paulo, para dizer que aquela multidão estava ali para comemorar o aniversário da cidade.

Quarto crime capital.
A edição do jornal nacional na véspera da eleição de 1989. O jornal nacional editou o debate entre Collor e Lula com instruções expressas de Roberto Marinho: tudo de bom do Collor e tudo de mau do Lula.
Os autores da obra marinha foram o diretor de jornalismo Alberico de Souza Cruz e o editor de política, Ronald Carvalho. E editor que seguiu as instruções de Cruz e Carvalho, na ilha de edição, Octavio Tostes, deu histórico depoimento ao Sindicato dos Jornalistas do Rio, convidado pelo então diretor, Oswaldo Maneschy. E Tostes contou, ali, como foi a patranha. Cruz e Carvalho preferiram não aceitar o convite do Maneschy.
Nesta mesa edição do jn, foi feita uma pesquisa por telefone – naquela altura, 1989, só quem tinha telefone era branco de olhos azuis – que atestava que Collor tinha vencido o debate. Por fim, o jn se encerrava com um editorial de Alexandre Maluf Garcia – que continua a desempenhar o mesmo papel até hoje - para enaltecer a democracia: aquela democracia, que, logo antes, considerava que Collor vencera o debate.

Quinto crime capital.
Ali Kamel levou a eleição de 2006 para o segundo turno. Kamel, diretor de jornalismo ainda mais poderoso que Souza Cruz, omitiu o desastre da Gol em que morreram 154 brasileiros. (Porque dois pilotos americanos de um jato Legacy não ligaram o transponder.) Kamel omitiu a tragédia para não desmontar a paginação do jornal nacional, ali, na véspera da eleição do primeiro turno – Lula, x Alckmin. O jn estava montado para tratar, quase que exclusivamente, da foto do dinheiro dos “aloprados”.
Como se sabe, um delegado da policia federal de São Paulo (sempre São Paulo!), o famoso delegado Bruno (onde anda o delegado Bruno ?) esqueceu as pilhas de dinheiro dos aloprados em cima da mesa. E, sem que ele percebesse, ou por mera coincidência, o Rodrigo Bocardi, da Globo e a Lílian Christofoletti, da Folha, passavam ali, na hora, e fotografaram tudo. Uma coincidência impressionante !
Essa histórica edição do jn — talvez mereça capítulo dourado no próximo livro (sempre um best-seller) do Kamel — mostrou também a cadeira vazia do Lula, que não foi ao debate da véspera, na Globo. Um trabalho golpista irretocável. O Conversa Afiada tratou deste momento inesquecível da carreira fulminante de Kamel no post “O primeiro Golpe já houve. Falta o segundo”.
Este ansioso blogueiro se ofereceu ao blogueiro sujo de Pernambuco para dar seu testemunho pessoal a dois segmentos do curso. O do “crime da Proconsult” e o do “crime do debate do Collor”. Este ansioso blogueiro sugeriu também que o paraninfo da turma seja o Mino Carta. E que a turma tenha o nome de “Turma Ali Kamel – 2010.”






Do saite http://www.vermelho.org.br/.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nesta terça-feira, Oswaldo Montenegro lançar seu primeiro filme no CineBancários


O CineBancários exibe até o dia 13 de março o primeiro filme do cantor Oswaldo Montenegro, "Leo e Bia". O músico, responsável pela direção, pelo roteiro e pela trilha sonora, participará da sessão de estreia em Porto Alegre, no CineBancários na terça, dia 22, às 19h, com entrada franca (é preciso chegar com meia hora de antecedência). As demais sessões, sempre 15h, 17h e 19h, terão entrada a R$ 5,00 para o público e geral e R$ 2,50 para estudantes, idosos, bancários e jornalistas sindicalizados e funcionários do GHC.


A trama de Léo e Bia se passa em Brasilia, no ano de 1973. No auge da ditadura militar, sete amigos, jovens como a cidade em que moram, sonham viver de teatro. Liderado pelo diretor Léo, o grupo leva adiante os ensaios de uma peça que tece comparações entre Jesus Cristo e o cangaceiro Lampião.


Enquanto a repressão política rola solta na Capital Federal e a liberdade sexual ainda é tabu, Bia se mostra cada vez mais prisioneira da obsessão de sua mãe, fazendo com que todos questionem, cada vez mais, os conceitos e valores da sociedade.

Léo e Bia é baseado no musical homônimo dos anos 80, que atraiu para os teatros mais 500 mil espectadores, mas não se trata de uma peça filmada, embora faça uso de apenas um único cenário. A produção foi rodada em 10 dias, no Rio de Janeiro, depois de cinco meses de ensaios com o elenco e um mês de experimentação com movimentos de câmera. O filme foi inteiramente produzido com recursos próprios e sem qualquer patrocínio.


Fonte: Imprensa/SindBancários



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tomando forma


De dezembro (data das últimas imagens) a fevereiro, quando fizemos o vídeo atual, muita coisa mudou na obra da nova sede do Sintrajufe. As paredes externas já foram quase totalmente rebocadas e dá para ver a altura que o prédio terá. Continue acompanhando o blog e as novidades da ecossede.

                                                   

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tudo em cima




As obras da ecossede seguem em ritmo avançado. Devido à greve e ao recesso, não postamos imagens. Então, muitos vão se surpreender vendo o quanto mudou. A área destinadas aos alojamentos, que pode ser vista à direita, no início do vídeo. Já estavam bem adiantadas quando captamos as imagens, em dezembro. Na semana que vem, vocês vão ter novas surpresas.

Se não conseguir visualizar o vídeo, acima, instale o Flash Player 10

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Oficina gratuita de ritmos afro-brasileiros com instrumentos reciclados


Dando continuidade às atividades do projeto Integração Afro-Sul Mirim em Dança II, será realizada nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, a Oficina de Música (ritmos afrobrasileiros) com instrumentos musicais de percussão feitos de material reciclável e/ou renovável. A oficina gratuita será coordenada pelo músico e produtor Jorge Foques e ocorrerá das 17h às 19h, na sede do Afro-Sul Odomodê (av. Ipiranga, 3850, Porto Alegre). Os participantes devem ter entr e5 e 12 anoas de idade. As inscrições podem ser feitas pelos fones (51) 3391-1945 9911-5907.


As próximas oficinas:
Já estão abertas as inscrições para as próximas oficinas da segunda etapa do projeto Integração Afro-Sul Mirim em Dança II. As vagas são limitadas e as modalidades oferecidas são as seguintes:


• Oficina de Balé Clássico, com a professora, coreógrafa e diretora Victória Milanez - Dia 16 de fevereiro, quarta-feira, das 18h às 20h.

• Oficina de Nutrição e Higiene Pessoal, com a nutricionista Fabiane Severo – Dia 23 de fevereiro, quarta-feira, das 17h às 19h.


O projeto
O projeto Integração Afro-Sul Mirim em Dança II é uma proposta idealizada pela bailarina e coreógrafa Marilice Bastos e propõe um diálogo entre a dança contemporânea e a “cultura” e os ritmos afro-brasileiros. Pela segunda vez consecutiva, a iniciativa foi contemplada com o Prêmio de Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2010, financiado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura – Secretaria de Cidadania Cultural, Cultura Viva, Mais Cultura e Fundação Nacional de Artes – Funarte.